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Tiradentes, Minas Gerais – matando a saudade

Tiradentes, Minas Gerais – matando a saudade

 

Gustavo de Almeida Ribeiro

 

A grande maioria das minhas postagens no blog trata de direito, da Defensoria Pública, dos julgados do STF em geral.

No entanto, às vezes, acho bom diversificar, principalmente em um momento que considero especialmente difícil para a minha carreira, bem como para a pauta por ela defendida.

Encerro esse comentário por aqui, antes que uma postagem de viagem e lembrança se transforme em lamento e reflexões sobre questões mais densas.

Sou mineiro de Belo Horizonte, tendo deixado as Minas Gerais para atuar como Defensor Público Federal. Sinto falta de viajar mais por  por Minas: cidades históricas, sul do Estado, até mesmo pelo entorno de BH, como a Serra do Cipó e suas cachoeiras.

Voltei, após alguns anos, a Tiradentes, cidade que fica a 190 km de Belo Horizonte e bem próxima a São João Del Rey. Ela conta com centenas de pousadas e hotéis (literalmente) e incontáveis restaurantes e opções de lazer, apesar de ter apenas 8.000 habitantes.

Na parada do caminho entre a capital e Tiradentes, o tradicional pão de queijo com linguiça, feito no fogão de lenha, com ou sem queijo.

No caminho, o começo das gostosuras.
No caminho, o começo das gostosuras.

Na chegada, as boas vindas do belíssimo paredão que cerca parte da cidade.

Serra de São José, Tiradentes.
Serra de São José, Tiradentes.

Tiradentes, além do aspecto histórico, desenvolveu um lado cultural e gourmet destacados, com festivais de cinema, gastronomia, cerveja.

Aliás, Belo Horizonte parece ser bastante voltada para a arte do comer e do beber, justificando a fama de cidade dos bares. Há inúmeros produtos artesanais como cervejas, sorvetes, doces, que fazem a alegria dos apreciadores.

Em Tiradentes, há opções para todos os gostos, desde restaurantes mais sofisticados, com pratos tradicionais revisitados, até outros com quase 50 anos de funcionamento, com suas velhas panelas repletas de torresmos, linguiças, lombo de porco e o irresistível feijão tropeiro.

Feijão tropeiro do Restaurante Padre Toledo, em funcionamento desde a década de 70.
Feijão tropeiro do Restaurante Padre Toledo, em funcionamento desde a década de 70.
Almoço no jardim...
Já em outro restaurante, almoço no jardim…
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com direito à cerveja artesanal.

Sobremesa é o que não falta, seja nos restaurantes ou para levar para casa (se sobrar para chegar). Particularmente, sou fã de goiabada com queijo e de doce de leite, mas há inúmeras opções nas lojas, inclusive de outras coisas, como mostardas, cafés, pimentas, cachaças.

Gostosuras. A travessura fica por conta da balança.
Gostosuras. A travessura fica por conta da balança.

A cidade tem paisagens belíssimas, principalmente para quem consegue ir em época menos movimentada.

Cantinho do Largo das Forras, praça principal.
Cantinho do Largo das Forras, praça principal.
Rua Direita.
Rua Direita em direção ao Largo das Forras.
Rua Direita, com o paredão ao fundo.
Rua Direita, com o paredão ao fundo.
Rua Direita, em noite calma.
Rua Direita, em noite calma.

O Museu de Sant’Ana funciona na antiga cadeia da cidade, e, embora pequeno, é bem estruturado e moderno (vale a pena tomar um café do sul de Minas na entrada)

O museu abriga, principalmente, imagens de Sant'Ana, oriundas de diversas partes do Brasil.
O museu abriga, principalmente, imagens de Sant’Ana, oriundas de diversas partes do Brasil.

Uma curiosidade no passeio. Distância não é motivo para não se conhecer Tiradentes. Tem gente que vem de bem longe.

Da Alemanha para Tiradentes.
Da Alemanha para Tiradentes.

Por fim, 4 paisagens essenciais da cidade, pela beleza e pela história.

O herói da Inconfidência Mineira.
O herói da Inconfidência Mineira.
Chafariz de São José.
Chafariz de São José.
Igreja Matriz de Santo Antônio.
Igreja Matriz de Santo Antônio.
Ladeira da Matriz.
Ladeira da Matriz.

O interior da Matriz é belíssimo, mas fotos não são permitidas.

Imperdível para crianças é o passeio de Trem Maria Fumaça, que, todavia, não funciona todos os dias, ficando o aviso para os interessados. Como estive lá, dessa última vez, em dias da semana, sequer passei pela Estação, mas recomendo a quem não conhece.

Poderia ainda postar fotos de outros lugares, igrejas, recantos, mas vale o objetivo de divulgar uma cidade tão gostosa de Minas e tão cheia de experiências a serem vividas.

Há, ainda, opções de passeios próximos para se conhecer o artesanato, bem como para se aproveitar as cachoeiras da região.

Foi um passeio curto, mas revigorante. De arrependimento, só o fato de ter trazido pouca goiabada (e olha que nem sou doceiro).

Brasília, 2 de novembro de 2016